“Razão para ficar” abre a noite a terceira noite de apresentações do
Festival Atos
A ideia de montagem do espetáculo
surgiu a partir da leitura da tese da
professora Thalyta Lima intitulada “As oito flores do Alto
do Céu no jardim da desinstitucionalização” e defendida no
Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPB, em 2010, sob a orientação do
professor Dr. Artur Perrusi. A pesquisa contempla
as histórias de vida e o processo de reinserção social de mulheres
egressas do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira, hoje moradoras do Serviço
Residencial Terapêutico da cidade de João Pessoa. Nas conversas com a
autora da tese ficou evidente a dificuldade em lidar com o imaginário sobre a
loucura e desfazer o profundo estigma existente em torno da pessoa por ela
acometida. Nesse sentido, a encenação buscou evidenciar os limites
frágeis entre saúde e doença e as relações perversas de uma sociedade
que condena ao confinamento mulheres em situação de pobreza, abandonadas pelas
famílias e pelo Estado.
No
espetáculo, as vozes de oito mulheres egressas do Hospital Psiquiátrico Juliano
Moreira, hoje moradoras do Serviço Residencial Terapêutico da cidade de João
Pessoa, se entrelaçam aos poemas de Adélia Prado e Lisbeth Lima e às cartas de
Clarice Lispector. A encenação busca evidenciar as consequências de um regime
de internação que isola e elimina os sujeitos, tratados como pacientes, e
evidencia os limites frágeis entre saúde e doença; as relações perversas de uma
sociedade que condena ao confinamento mulheres em situação de pobreza,
abandonadas pelas famílias e pelo Estado
A encenação é de João Paulo Soares.
Atuação e dramaturgia de Ana Marinho. Cenário de Maria Botelho. Iluminação tem
a assinatura de Fabiano Diniz. Figurinos de Vilmara Georgina. Teaser de
Rodolpho de Barros. Fotografia de Saulo Portokalos e produção de Dudha Moreira
Grupo de Sumé apresenta ensaio aberto do “Auto de Natal Caipira”
A segunda atração da noite será o ensaio aberto do AUTO
DE NATAL CAIPIRA, uma livre criação baseada no texto original de Carlos Alberto
Soffredini. A apresentação acontecerá na Sala Evandro Barros (porão), com
direção geral de Eliane Lisboa, direção musical de Erivan Silva, apresentado
pelo Grupo Teatral do CDSA (Centro de Desenvolvimento do Semiárido), da cidade
de Sumé/PB.
Na história que se conta em cena, Severino e Jeca
estão a caminho de Belém para fazer seus pedidos ao Menino Deus que vai
nascer. Mas não conhecem o caminho para chegar até lá. Do mesmo
modo os Reis Magos estão perdidos, buscando a estrela guia. Em meio a tudo
isso, uma história de amor, com direito a anjos e diabos, como todo Auto que se
preze. O texto original de Carlos Alberto Soffredini sofreu acréscimos a
partir de livre criação do grupo, com dramaturgia de Eliane Lisboa.
No
elenco: Amanda Araújo dos Santos, Artur Alan de Oliveira, Edson Oliveira da
Costa, Érico Gustavo de Sousa Queiroz, João Vitor Farias Leite, Josiele Carlos
Fortunato e Lourielson da Mota Alves. Músicos: Erivan Silva (voz e violão)
e Rosenato Barreto (percussão). Adereços de Rafael Barros.
“As Velhas” encerra a programação do VIII Festival Atos de Teatro
Universitário
A
Pró-Reitoria de Extensão da UEPB e
o PINEL – Núcleo de
Pesquisa e Experimentação Teatral apresentam o espetáculo
“As Velhas”. A
remontagem deste texto emblemático, de autoria da dramaturga
potiguar-campinense Lourdes Ramalho,
marca o aniversário de 40 anos dessa peça que fez história no teatro paraibano.
A nova encenação sucede outras de grande sucesso, apresentando a dramaturga e
sua obra. É o diretor Duílio Cunha que assume mais uma vez a
tarefa de levar à cena “As Velhas”, sendo ele o responsável pela
direção desta remontagem.
No
enredo, os destinos de duas nordestinas se cruzam: uma sertaneja, Mariana, erra
pelo sertão, fugindo da seca e em busca da mulher que levou o seu marido,
enquanto uma cigana, Ludovina, se encontra presa a um corpo incapacitado,
esperando na soleira dasua porta pela mudança social que se avizinha e que ela
anuncia. É em torno dessa estória que se levantam conflitos pautados pela
desigualdade econômica e pelos desmandos do poder local, que a dramaturga
denuncia, e que se tecem relações amorosas contrariadas, com desfecho trágico,
numa trama marcada pela regionalidade, aspecto tão característico da
dramaturgia ramalhiana.
No
elenco do espetáculo: Valquíria Gonçalves, Regina Albuquerque, Chico Oliveira,
Yasmim Macêdo, Arthur Velázquez e Fábio Silva. A produção executiva é de
Diógenes Maciel, figurinos de Jefferson de Souza, trilha sonora de Erivan
Silva, trilha sonora de Erivan Silva e o contrarregra é Marcos Moraes.
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