Mariguella Vive! Há um ano atrás era muito comum ler essa
frase, acompanhada de uma pintura do rosto do Carlos Mariguella, grafitada nas
ruas de Campina Grande. No último dia de apresentações da 3° edição do Festival
Atos de Teatro Universitário, ‘Mariguella reviverá’ nos palcos, com a apresentação
do espetáculo “Carlos Mariguella e o Chamado de Cangoma”, encenado pelo
Vermelho Núcleo Cênico.
O texto do espetáculo que retrata não apenas a
vida de Mariguella, mas, principalmente, o alcance das atitudes do
revolucionário que lutou pela libertação dos trabalhadores, a sua sensibilidade
artística, a ligação com as crianças, a forte ligação com o carnaval, o futebol
e seu amor e a dedicação a sua companheira Clara Charf. Escrito pela professora
do Departamento de Arte e Mídia da UFCG, Eliane Lisboa, tem a direção de Pépe
Sedrez, com atuação de Lourival Andrade, que além de ator é historiador.
O nome “Carlos Marighella e o Chamado de Cangoma” é
inspirado em um canto escravo que atribui a notícia da liberdade ao tambor
maior, também chamado de “cangoma”. “Cangoma” foi gravado por Clementina de
Jesus, nascida entre jongueiros, em Valença (RJ) e depois pelo Grupo Mawaca.
Para a realização da montagem, o Vermelho Núcleo Cênico
entrevistou vários integrantes da ALN (Ação Libertadora Nacional), visitou as
antigas sedes do DOP’s (SP) e do Presídio da Ilha Grande (RJ), locais em que
Marighella ficou preso, e a Alameda Casa Branca (SP), onde foi brutalmente
assassinado pelas forças repressivas da Ditadura Militar.
Quem quiser conhecer um pouco mais sobre a vida desse homem,
que teve um papel fundamental na vida pública do Brasil não pode deixar de
assistir esse espetáculo.
O Festival Atos de Teatro Universitário acontece de 30 de
novembro a 03 de dezembro no Cine Teatro do Sesc Centro, e é uma realização da
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Unidade
Acadêmica de Arte e Mídia, e do SESC Paraíba.
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